Arma de adolescente que matou aluna em escola de Barreiras era do pai e falhou, diz polícia

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Adolescente matou aluna cadeirante em atentado – Foto: Divulgação | Polícia Militar

O adolescente de 14 anos, que matou uma aluna cadeirante nesta segunda-feira, 26, no Colégio Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no extremo oeste da Bahia, usou a arma do pai para cometer o atentado. Segundo a polícia, o adolescente podia ter matado mais pessoas, mas a arma calibre 38, que estava carregada com seis balas, falhou duas vezes.

O pai do adolescente, um policial militar que se mudou há pouco tempo para a cidade, relatou à polícia que a arma era dele, mas estava guardada em um local que o jovem não tinha acesso.

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Segundo os relatos dos familiares, o jovem apresentava um comportamento introspectivo, sem amigos e passava muito tempo nas redes sociais. Os responsáveis não tinham controle sobre os conteúdos que ele acessava. Ainda de acordo com a polícia, o jovem teria postado o plano de massacre na unidade em um perfil extremista na internet.

O estudante está internado em estado grave após receber um tiro, de uma pessoa ainda não identificada, durante o episódio na unidade de ensino. A suspeita é de que ele tenha escrito um manifesto de 29 páginas e publicado no perfil em questão, que está sendo investigado pela Polícia Civil.

Nas publicações, o estudante demonstrava desprezo e ódio à escola, onde passou a estudar após a mudança para a cidade. O jovem ainda teria feito uma publicação algumas horas antes do ataque na escola. “Irá acontecer daqui 4 horas e eu estou bem de boa. Estou tão calmo, nem parece que irei aparecer em todos os jornais”.

A prefeitura de Barreira informou que o atirador chegou ao local “trajando roupa preta, capuz e óculos escuros, portando uma arma de fogo tipo revólver e duas armas brancas”. Ele teria pulado o muro da escola para, então, dirigir-se à aluna cadeirante e fazer dois disparos. A vítima, identificada como Jeane Brito, de 19 anos,  também foi “agredida com golpes de arma branca, vindo a óbito no local”.

A Polícia Civil está investigando o caso e vai analisar as imagens das câmeras de segurança da região próxima ao colégio. Não havia câmeras no interior da unidade de ensino.