Vítima da Covid-19, atriz Nicette Bruno morre aos 87 anos

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Por Metrópoles

GLOBO/DIVULGAÇÃO

A atriz Nicette Bruno, uma dos principais nomes da teledramaturgia brasileira, morreu aos 87 anos, neste domingo (20/12) . Ela, que estava internada em hospital do Rio de Janeiro, não resistiu às complicações da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Nos últimos dias, a filha e também atriz, Beth Goulart, vinha pedindo orações pela a saúde da mãe. Nicette Bruno estava internada desde o último dia 29 de novembro.

“Essa doença é assim mesmo. É uma luta e vamos vencer essa luta. Ela está sedada, não está sentindo nada e ela vai vencer essa luta”, disse Beth. “Vamos rezar todos os dias até ela estar recuperada, com saúde, com sua energia e alegria”, completou.

Trajetória

Nicete Xavier Miessa, mais conhecida pelo nome artístico Nicette Bruno, é uma veterana da teledramaturgia do Brasil. Ao longo da carreira, a atriz participou de grandes novelas e construiu uma família na televisão.

A estreia na televisão foi ainda em 1952, no Grande Teatro Tupi. O primeiro sucesso ocorreu na novela O Meu Pé de Laranja Lima, nos anos 1970. Na produção, a atriz deu vida à personagem Cecília.

Ao longo da carreira na Globo, que começou em 1982, Nicette Bruno trabalhou em 22 novelas, incluindo sucessos como Rainha da Sucata (1990), Mulheres de Areia (1993) e A Próxima Vítima (1995). O mais recente papel foi na nova adaptação de Éramos Seis, encerrada em 2020.

Aos 19 anos, Nicette, ainda no teatro, conheceu Paulo Goulart (1954-2014), com quem dividiu a vida. O casal teve três filhos e todos viraram atores. São eles Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho.

Monteiro Lobato

O clássico Sítio do Pica-pau Amarelo, obra de Monteiro Lobato, é um importante capítulo da trajetória de Nicette Bruno. Ainda na Tupi, nos anos 1950, a atriz participou da primeira adaptação do Sítio do Picapau Amarelo, que foi exibida de 1952 a 1962.

Nos anos 2000, já na Rede Globo, a atriz deu vida a Dona Benta, no seriado que foi realizado de 2001 a 2004.

“O diretor Roberto Talma queria que a Dona Benta tivesse uma identificação com a criança de hoje, mas preservando a essência da personagem. Achei muito interessante a ideia de ela se comunicar com o Pedrinho via internet, ao mesmo tempo dizendo ao neto: ‘Olha, tem tempo que você não me escreve uma carta ou um bilhete. Não devemos nos comunicar só por meio do computador. A emoção da escrita é muito grande, e eu quero sentir essa sensação’. Fiquei conhecida pelo público como Dona Benta”, declarou ao site Memória Globo.