Programa Minha Casa Minha Vida é tema de debate da Câmara de vereadores de Bom Jesus da Lapa

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O Programa Minha Casa Minha Vida foi o tema principal da sessão da câmara de vereadores de Bom Jesus da Lapa, desta terça-feira(13). Os edis fizeram um longo debate durante a votação do  requerimento apresentado pelo vereador Romeu Thessing(PCdoB),  solicitando o recadastramento de todas as casas construídas pela Caixa Econômica Federal pelo Programa Minha Casa Minha Vida no município.

Justificando o pedido, vereador pediu o apoio dos colegas para recadastrar os moradores, e mostrar para a CEF que nas casas feitas no município ocorreu grandes equívocos, onde pessoas de outros municípios receberam imóveis. “Naquela época foi feito um processo seletivo pela secretária de Assistência Social, e é lamentável dizer, que inúmeras casas estão fechadas, inúmeras casas estão com uma placa aluga-se, inúmeras casas já foram comercializadas.  Se  tivéssemos direcionado as casas para as famílias que de fato precisam, nós não testaríamos debatendo esse requerimento”, falou.

No uso da fala, a vereadora Rita Ribeiro afirmou que o certo não seria um novo recadastramento, e sim, a Caixa Econômica apurar. “As famílias foram cadastradas, seguindo os critérios. A secretaria de Assistência Social tinha critérios, se essas famílias podiam ou não receber o benefício. Fica difícil para a secretaria identificar algo errado, quando as pessoas não agem de boa conduta”, disse.

“Já foi feito um recadastramento pela secretaria ano passado, feito apurações, já tinha até o total de casas alugadas, que foram vendidas, que estão fechadas. Que são 117 casas, isso nos quatro bairros que foram formados. No Vale Verde, no Residencial Bom Jesus, Primavera I e Primavera II. Isto já foi passado para CEF, então já temos lá 117 casas que estão na mão da CEF para ela tomar providências. Tomar as casas ou não, se foi vendida, se quem comprou tem direito ou não, e repassar realmente para quem precisa, então, isso já foi feito”, destacou o vereador Eduardinho.

A vereadora Andréia do João Paulo II frisou que a CEF precisa dar respostas para as cobranças das denúncias da comunidade, e para os vereadores. “Os órgãos têm que assumir as suas responsabilidades, de fato e de direito, e não pensar só na questão financeira. Diversas famílias fizeram várias denúncias na ouvidoria da CEF, como qualquer um de nós poder fazer, e eles não deram um pingo de atenção e nem resposta, e ainda diz: se a pessoa estiver pagando pouco importa, se tá aberta, ou se tá fechado, se etc e etc. Então isso é uma falta de respeito com a nossa sociedade, a gente poderia repensar essa questão do Programa Minha Casa Minha Vida”, falou.

Leonel sugeriu aos colegas, a constituição de uma comissão da Casa para ir até a CEF e ver como anda o processo, e as possíveis irregularidades para se tomar uma posição.

Já o vereador Davi, afirmou que tem gente com casa do Programa Minha Casa Minha Vida e não usa, tem outra residência, deixando quem precisa sem ter onde morar. E questionou a forma que a justiça funciona diante da situação, não vendo algumas coisas erradas, e sendo “cega”. Porquer se já venderam 117 casas, a CEF já poderia parar todos esses processos, e essas pessoas já poderiam responder”, indagou.

“Se fizer um recadastramento vai tirar muita gente dessas casas. Eu me lembro também, na época da entrega dessas casas, muita gente me procurando pedindo casa, mais eu falei; mais como? E responderam: não, porque lideranças e vereadores tem uma cota. Por isso que está assim, usaram de má fé, vereadores e lideranças política dando casa para um e pra outro”, disse Jair.