O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que um novo aumento do preço dos combustíveis é “iminente”, e negou pretensão do governo em fazer tabelamento de preços.
No entanto, atualmente, a defasagem na gasolina está em 15% e no diesel em 18%, segundo dados da Abicom, associação que reúne as importadoras.
— Não existe da nossa parte o congelamento de preços. Sabemos que as consequências são piores que o aumento em si. Sabemos que estamos na iminência de mais um reajuste no combustível. E quando vai para o diesel influencia diretamente na inflação — disse, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente também disse que não tem “ascendência” sobre a Petrobras.
— Nós sabemos que, aumentando o preço do petróleo lá fora e o dólar aqui dentro, o reajuste em poucos dias ou semanas, tem que ser cumprido na ponta da linha pela Petrobras.
E complementou:
— Ou seja, a Petrobras, uma empresa que tudo que acontece que não seja bom, a responsabilidade é minha. Nós indicamos o presidente da Petrobras, mas não temos ascendência sobre ela.
No ano, a Petrobras já reajustou o preço do diesel em 51,4% nas refinarias. No caso da gasolina, esse aumento chega a 61,9%.
Para fontes do setor, a estatal já deveria ter reajustado os valores dos combustíveis em relação aos últimos aumentos, feitos entre o fim de setembro e início de outubro.
Nos postos, o preço médio da gasolina, do diesel e do gás de botijão voltou a subir nos revendedores na última semana, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Bolsonaro defendeu ainda o auxílio de R$ 400 para mais de 700 mil caminhoneiros.
— O caminhoneiro merece ter atenção da nossa parte. Foi decidido um auxílio aos mesmos, que custará menos de R$ 4 bilhões ao ano. Via O Globo