Estudantes criam pomada natural para tratar feridas em animais de grande porte

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Uma solução inovadora, acessível e enraizada nos saberes populares está ganhando destaque no sertão baiano. Estudantes do Colégio Estadual Antônio Figueiredo, em Ibiassucê, no Sudoeste da Bahia, desenvolveram uma pomada medicinal à base de plantas para o tratamento de feridas em bovinos e equinos. A iniciativa partiu dos alunos Policarpo Costa e Maykon Brito, com a orientação do professor Janilton Almeida, e resultou no Pomak Gel, um produto natural de baixo custo voltado para os pequenos criadores da região.

A ideia nasceu da vivência no campo e da percepção de problemas comuns enfrentados pelos pecuaristas locais, como as lesões causadas pela planta aveloz – usada como cerca viva, mas tóxica aos animais – e a requeima, condição relacionada à exposição solar intensa. Ambas comprometem a saúde dos animais e geram prejuízos para os produtores.

Com base nessas demandas, o grupo apostou no potencial terapêutico de três plantas bastante conhecidas na medicina popular: babosa, jurema preta e angico. Segundo os idealizadores, a combinação desses ingredientes garante propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias e de proteção contra os efeitos do sol, auxiliando na recuperação das feridas com eficácia.

De acordo com o professor Janilton Almeida, os testes realizados mostraram resultados promissores, especialmente em cavalos, onde foi observada uma cicatrização acelerada e regeneração da pele de maneira saudável. O processo de produção do Pomak Gel envolve três etapas principais: extração dos princípios ativos das plantas, manipulação dos extratos e formulação do gel.

Além da funcionalidade, o projeto também resgata e valoriza os conhecimentos tradicionais passados de geração em geração nas comunidades rurais. O Pomak Gel é um exemplo de como ciência, educação e cultura local podem caminhar juntas para gerar soluções sustentáveis e inovadoras.

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