A autorização para a recuperação da BA 160 é uma vitória dos povos quilombolas e assentamentos. “Nós precisamos acreditar na força que a comunidade tem”, diz padre Marcos

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Manifestação na entrada do aeroporto de Bom jesus da Lapa. Foto: José Hélio/Notícias da Lapa

Atendendo a  grande a demanda da população  que precisa circular pela BA 160, em especial das 19 comunidades, a maioria delas  quilombolas, que já sofre há mais de 15 anos com a precariedade da principal via de aceso a cidade de Bom Jesus da Lapa, o governador Rui Costa, em visita ao município na manhã deste sábado(9), depois de uma manifestação organizada pelo padre Marcos e lideranças Quilombolas, anunciou que a estrada vai ser recuperada. Inicialmente será feito o cascalhamento através de convênio com o Consorcio Velho Chico, e até o fim do ano sairá a licitação para a recuperação asfáltica.

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Padre Marcos/Foto: José Hélio/Notícias da Lapa

“Para nós cristãos, povos quilombolas, assentados, comunidades tradicionais, esse momento é de suma importância, pois é um momento de vitória. Há quanto tempo nós já viemos lutando, levantando a voz para que o governo pudesse olhar em prol desse povo. E hoje, como fruto dessa manifestação que nós fizemos em frente do aeroporto, levantando faixas, exigindo o dialogo com o governador, articulamos a comissão, que foi acolhida pelo governador, e ele dá essa resposta positiva agora”, disse Padre Marcos.

Ele afirmou que as comunidades vão levar a boa notícia, caminhando na fé e na esperança, acreditando que o anuncio do governador não seja só uma “promessa”, mais que realmente aconteça a recuperação da BA 160. “Foi criado uma comissão que vai acompanhar de perto  o Consorcio Velho Chico, cobrando e discutindo. Já estamos tentando marcar uma reunião, para que o povo, também entenda o que vai ser feito, e que a gente possa ser porta voz do povo junto com o governo”, frisou o Padre.

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Comissão representando a BA 160.

“Nossas comunidades precisam acreditar na força que elas tem. Nós viemos fazer uma manifestação pacífica, organizada, como surgiu efeito. Diversas assembleias foram realizadas nas comunidades, onde o povo se organizou para definir o que nós viríamos fazer aqui. Deixando claro que não vinhemos combater partido político, não vinhemos combater o governador, viemos justamente lutar pelos nossos direitos, de forma pacífica. O governador como nosso representante, é ele que poderia nos escutar, graças a Deus que tudo ocorreu bem, e fortalecemos a luta das nossas comunidades. E se outras causas tiverem, nós vamos levantar as nossas vozes e vamos lutar juntos”, finalizou.