Nos últimos dias, Bom Jesus da Lapa foi marcada por uma série de acidentes de trânsito graves, que resultaram em três mortes e reacenderam o debate sobre a urgente necessidade de municipalização do trânsito na cidade. O caso que mais comoveu a população foi o do mototaxista Celso da Silva Soares, que faleceu na manhã da última quarta-feira (25) após colidir com um carro que, segundo testemunhas, fazia um retorno indevido na Avenida Manoel Novais.
No domingo (23), outros dois acidentes já haviam causado indignação: Luciana da Conceição Sampaio, de 36 anos, foi atropelada na Avenida Agenor Magalhães, e o condutor fugiu sem prestar socorro. Horas depois, um grave choque entre duas motocicletas na Estrada Velha Lapa-Paratinga vitimou fatalmente Nelcino Pereira dos Santos, de 45 anos.
Esses episódios têm gerado comoção e revolta entre os moradores, que denunciam nas redes sociais a falta de fiscalização, sinalização e controle do tráfego na cidade. A ausência de um órgão municipal de trânsito é vista como um dos principais fatores para o aumento da violência no trânsito local.
A municipalização do trânsito — processo que permite ao município assumir a gestão, fiscalização e planejamento viário — é uma demanda antiga da população. Com essa medida, seria possível criar um plano municipal de mobilidade urbana, organizar melhor o transporte público e alternativo, além de aplicar multas e coibir infrações de forma mais efetiva.
Enquanto esse processo não avança, a população permanece exposta aos riscos de um trânsito desorganizado e sem controle, onde a imprudência e a falta de estrutura têm causado tragédias que poderiam ser evitadas. A pressão popular sobre a Prefeitura deve crescer nos próximos dias, impulsionada pela dor e pela indignação causadas pelas recentes perdas.