Mesmo oscilando, nível do Rio São Francisco incia o mês de abril com mais de 7 metros acima do normal na cidade de Bom Jesus da Lapa

Em função das intensas chuvas que caíram na cabeceira do Rio São Francisco, e também pelas chuvas expressivas que caíram sobre o Norte de Minas,  o mês de março foi de  muita alegria para os ribeirinhos da região de  Bom Jesus da Lapa, já que o Velho Chico  alcançou sua maior cheia desde 2012 na Capital Baiana da Fé.

O São Francisco chegou aos 8,14 metros  acima do normal. Já a partir da segunda quinzena o nível começou oscilar,  marcando 7,28 metros na manhã desta quarta-feira, 1º de abril.

Além da vazão não ser  normal para o período, o rio já se mantem acima no nível há mais de dois meses.

Para se ter uma ideia, em 2007, o monitoramento feito em Bom Jesus da Lapa registrou, o nível do rio São Francisco como sendo o maior da história desde 1979 – chegando   a mais de 8 metros. Esse monitoramento é feito pela Sra. Maria Alice, responsável pela medição  do nível rio, e enviar as cotas para a CHESF, e desde então, o nível do Velho Chico tem passado por vários momentos críticos, e as cheias, que acontecem geralmente no final ou no início do ano, de lá pra cá, não passou dos 7 metros, e nem manteve o nível alto por um período tão grande, como registrados nos últimos dois meses. E mesmo a vazão diminuindo após a primeira cheia do ano, registrada no mês de fevereiro, onde a régua marcou 7,33 metros,   o nível se manteve  acima dos 5 metros até a segunda cheia no início de março, alcançando maior nível do ano.

Dona Maria Alice frisa ainda, que normalmente quando o  nível rio sobe nos períodos de chuva, já começa a vazar, não mantem o nível alto por muitos dias, como tem acontecido esse ano, sendo uma novidade para ela que já acompanha a vazão do Rio São Francisco há muitos anos.

Com o aumento da vasão do Velho Chico,  o  reservatório de Sobradinho, maior barragem da região do semiárido brasileiro, tem previsão de superar 80% do volume no início desse mês. O índice é o melhor para este período entre os últimos 11 anos, considerando a estiagem que levou as reservas para os piores patamares, em 2018 e 2019, quando chegou perto do volume morto.

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