Durante a sessão desta terça-feira (10), os vereadores Lucas da Rocha Sales (Lucão) e Ernesto de Fraga voltaram a cobrar mais transparência na comercialização dos combustíveis em Bom Jesus da Lapa. O principal foco do debate foi o preço da gasolina, que segue elevado mesmo após reduções no valor repassado pela Petrobras.
O vereador Ernesto Fraga destacou que, mesmo com a queda no preço da gasolina nas refinarias, o consumidor final não sente diferença nas bombas. “A Petrobras está reduzindo os preços, mas os donos de postos não repassam isso. A Câmara precisa cobrar e apurar o que está acontecendo”, afirmou.
Já o vereador Lucão chamou a atenção para a tabelação de preços nos postos da cidade, que segundo ele, cobram praticamente o mesmo valor por litro. “Existe algo estranho. Todos os postos têm o mesmo preço. Precisamos investigar, e essa ação tem que partir desta Casa, pois fomos eleitos para representar o povo”, disse.
Lucão também lembrou o requerimento apresentado por ele e outros parlamentares, que solicita ao Executivo Municipal estudos para a criação de uma legislação específica que promova maior transparência na comercialização de combustíveis em Bom Jesus da Lapa. A proposta tem como objetivo combater a prática de preços uniformes e garantir mais clareza sobre a formação de preços, origem e custos dos combustíveis vendidos no município.
Atualmente, o preço médio da gasolina na cidade é de R$ 6,99 por litro, um valor considerado elevado em comparação a outras localidades da região.
Desde a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) — localizada em São Francisco do Conde — para o fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, a responsabilidade pela regulação dos preços dos combustíveis na Bahia passou a ser da empresa Acelen, que assumiu a gestão da refinaria. A partir dessa mudança, os preços passaram a seguir uma lógica própria de mercado e não estão mais diretamente atrelados à política de preços da Petrobras.
