Peixes mortos em afluente do São Francisco geram alerta entre moradores e pescadores

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Foto: Reprodução

Desde o último sábado (6), milhares de peixes mortos têm aparecido no rio Paraopeba, entre os municípios de Betim, Esmeraldas e Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O fenômeno alarmou moradores, pescadores e autoridades ambientais.

As primeiras suspeitas apontam para o despejo de uma substância tóxica no rio, possivelmente durante a madrugada de sexta (5). Espécies normalmente resistentes, como a piranha, e até peixes ameaçados de extinção, como o pacamã e o surubim, estão entre as mais de 4 mil carcaças recolhidas.

Equipes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba, Semad, Igam e IEF estão coletando amostras da água, do solo e dos animais mortos para análise. Os resultados laboratoriais devem ficar prontos em até dez dias e serão fundamentais para identificar o agente contaminante e os responsáveis.

Além do impacto ambiental e na biodiversidade aquática, o episódio agrava a crise vivida pelas comunidades ribeirinhas, que dependem do rio para abastecimento e subsistência. A pesca, já proibida desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (2019), sofre novo golpe.

Imagens registradas por moradores mostram grandes quantidades de peixes mortos às margens do rio, gerando comoção e revolta. A prefeitura de Esmeraldas informou que acompanha a situação em conjunto com outros órgãos.

O episódio reforça a preocupação com a lenta recuperação do Paraopeba após o desastre de Brumadinho. Estudos recentes ainda apontam presença de metais pesados e toxinas no rio. O Ministério Público e a Assembleia Legislativa de Minas já cobram esclarecimentos e investigam possíveis responsabilidades, inclusive da mineradora Vale.

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