
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (13) o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, durante a Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de fraudes em aposentadorias e pensões, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. A ação ocorre em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
As investigações apontam que o grupo criminoso realizava descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, cadastrando-os ilegalmente em associações fictícias que cobravam mensalidades por serviços inexistentes.
A operação cumpre 10 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em 15 estados e no Distrito Federal. Os investigados devem responder por organização criminosa, corrupção, estelionato previdenciário e inserção de dados falsos em sistemas oficiais.
Stefanutto, que presidiu o INSS entre julho de 2023 e abril de 2025, foi demitido após denúncias internas sobre o esquema. Indicado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), ele já havia ocupado cargos de direção e procuradoria dentro da autarquia.
Segundo a CGU, a investigação revelou que entidades envolvidas simulavam oferecer benefícios como planos de saúde e assistência jurídica, mas operavam apenas para desviar recursos. Os contratos com aposentados e pensionistas foram suspensos pela Justiça.


























