Uma mulher de 46 anos foi resgatada de uma condição de trabalho análogo à escravidão em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, após décadas de exploração. Ela vivia desde a infância realizando tarefas domésticas para uma família, sem receber salário ou ter qualquer direito trabalhista garantido.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a vítima passou a morar com os empregadores ainda aos 10 anos de idade. Desde então, era submetida a jornadas exaustivas e condições degradantes, ficando constantemente à disposição da família, tanto dentro de casa quanto em atividades comerciais.
Além dos serviços domésticos, a mulher também trabalhava na lanchonete da família, onde preparava doces e salgados, atendia os clientes e cuidava da limpeza do local — tudo isso sem remuneração.
O resgate foi realizado pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, com o apoio da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública da União (DPU) e de um servidor do MTE. Agora, a trabalhadora aguarda medidas de reparação dos direitos violados e ações que garantam sua reinserção social.
Uma audiência com os empregadores está marcada para esta terça-feira (16). A expectativa é que as verbas trabalhistas devidas à vítima sejam finalmente pagas após mais de três décadas de trabalho sem registro ou direitos.
