Atendendo portaria do INEMA, Projeto Formoso é o primeiro perímetro irrigado do Brasil a instalar sistema de medição de vazão na captação de água

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Imagem área dos dois principais canais de chamada, locais onde são captadas a água que são distribuídas nos canais para a irrigação do Perímetro Formoso.

Atendendo a Portaria INEMA n° 22.181 de 27 de janeiro de 2021, que estabelece critérios para implantação de sistema de medição para monitoramento dos usos e intervenções em recursos hídricos visando à adoção de medidas de controle no estado da Bahia, o Distrito de Irrigação Formoso – DIF otimizou no último mês o sistema de medição de vazão nas duas estações de bombeamento principais EBP’s A e H (captações de água no rio Corrente do Perímetro Irrigado do Projeto Formoso A e H), na zona rural de Bom Jesus da Lapa.

A Portaria é uma condicionante do INEMA para a renovação da outorga no estado e será aplicada a usuários que captam águas superficiais e subterrâneas. E nesse sentido, o DIF se antecipou à medida, e se tornou um dos primeiros perímetros públicos de Irrigação vinculado a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) a implantar o sistema de medição de vazão com a gestão dos dados em nuvem.

Torre de equilíbrio
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O novo sistema já está apto a disponibilizar as informações no próprio banco de dados do INEMA. O DIF criou uma plataforma que dá condições de acesso aos órgãos regularizadores, como da própria CODEVASF ou de qualquer instituição que eventualmente demande essa informação a ter acessos aos dados do consumo de água no Perímetro Irrigado, de forma online, durante 24 horas por dia.

De acordo o DIF, a implantação do sistema para gestão dos dados de vazão é mais um passo para que a entidade tenha todo o controle da gestão do consumo de água na área irrigada do Perímetro Formoso. Considerando que já é feita a gestão dos macromedidores, que é a medição da água captada, e a gestão dos medidores, que são os hidrômetros de final de linha, o DIF consegue mensurar as perdas, o que resulta em prejuízo e despesas no processo.

Um dos dois principais canais de chamada, local onde é feito a captação da água no rio Corrente.

“Uma das principais preocupações da gestão do DIF é garantir que o trabalho da entidade se torne cada vez mais eficiente no controle dos recursos hídricos, diminuindo os custos, e garantindo maior eficiência no uso dos recursos. Do ponto de vista financeiro, essas ações terão impacto no bolso do produtor, uma vez que são todos os associados que pagam essa conta. O nosso papel é justamente o de trabalhar para que a confiabilidade a assertividade dentro do processo seja cada vez maior. Então, esses são alguns pontos que o processo de implantação dessas ações vem impondo”, explicou o Engenheiro Elétrico, Gerente do DIF, Enderson José de Souza.

Enderson destaca, que as novas mudanças, visam maior controle dos recursos hídricos e consequentemente a redução de custos, uma vez que a competitividade nesse setor vem aumentando cada vez mais. “E com esse aumento da competitividade é preciso ser cada vez mais eficiente e requer conhecimento cada vez maior do segmento que você trabalha, para assim tomar as medidas necessárias que atendam aos anseios do produtor, que é quem paga a conta”.

Barrilete de ligação das adutoras do recalque das bombas

Ainda de acordo o Gerente, é de fundamental importância a participação do INEMA, já que o DIF precisa estar cada vez mais ajustado a essa nova realidade, atendendo e cumprindo todas as determinações que busquem minimizar os impactos ambientais, como também na redução de custo.

A tecnologia desenvolvida e implantada pelo DIF, é um plano piloto, e servirá de referência para ser implantado em todos os outros perímetros da CODEVASF na abrangência da 2ª SR.

Se desatacando como um dos maiores produtores de banana do Brasil, o Perímetro Irrigado Formoso foi implantado em Bom Jesus da Lapa pelo Governo Federal, através da CODEVASF entre os anos de 1980 e 1990, sendo gerido pelo Distrito de Irrigação Formoso, uma associação sem fins lucrativos, formada por todos os produtores rurais e proprietários de lotes agrícolas dentro do Perímetro Irrigado. São em média 1.155 irrigantes produzindo banana e outras frutas, como mamão e cítricos, gerando juntos uma média de 10 mil empregos diretos.