Com apenas um rabecão, DPT de Bom Jesus da Lapa enfrenta dificuldades para atender toda a região

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O Departamento de Polícia Técnica (DPT) responsável por Bom Jesus da Lapa enfrenta uma grave deficiência estrutural que tem gerado impactos diretos no atendimento a ocorrências em toda a região. Atualmente, o órgão conta com apenas um veículo tipo rabecão para realizar remoções de corpos em diversos municípios do oeste baiano.

A precariedade na estrutura voltou a chamar atenção no último sábado (20), quando uma tragédia no distrito de Ramalho, em Feira da Mata, evidenciou a limitação do serviço. Uma adolescente de 12 anos faleceu após um acidente entre uma moto e um caminhão, mas o corpo da vítima só pôde ser removido cerca de 12 horas após o ocorrido, pois a única viatura da unidade já estava empenhada em outra ocorrência, também com vítima fatal.

A equipe do DPT, apesar do compromisso e dedicação, enfrenta uma sobrecarga operacional constante. Além de Bom Jesus da Lapa, a unidade atende municípios como Serra do Ramalho, Riacho de Santana, Feira da Mata, Sítio do Mato, Paratinga e outros da região — todos dependendo de um único rabecão para atendimento em situações que exigem agilidade, respeito e sensibilidade com as famílias envolvidas.

A situação evidencia a necessidade urgente de reforço na infraestrutura do órgão por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA). A ampliação da frota, com a destinação de novos veículos e mais recursos humanos, é essencial para garantir respostas mais rápidas e atendimento digno à população.

O caso reacende o debate sobre a atenção dada ao interior do estado e a necessidade de investimentos que fortaleçam os serviços periciais nas regiões mais distantes dos grandes centros. Para muitos moradores, esperar horas por uma remoção em casos de morte não é apenas uma falha logística — é uma violação da dignidade de quem parte e de quem fica.

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