A manhã desta segunda-feira (8) foi marcada por uma paralisação dos servidores da Neoenergia Coelba em frente à sede da empresa em Bom Jesus da Lapa, no Oeste da Bahia. A mobilização local ocorre em meio à greve estadual deflagrada após o impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026, refletindo o clima de insatisfação que tomou conta da categoria em todo o estado.
Os trabalhadores suspenderam suas atividades para reivindicar melhores condições de trabalho, mais segurança operacional e maior valorização profissional. As queixas apresentadas pelos servidores dialogam com pontos considerados essenciais pelo Sinergia Bahia nas negociações com a empresa, como reajuste salarial com ganho real, revisão de benefícios e manutenção de direitos previstos em acordos anteriores.
Segundo o sindicato, os empregados se sentem desvalorizados diante das propostas apresentadas pela Coelba, consideradas “insuficientes” e distantes das expectativas da categoria. Entre as reivindicações estão reajuste salarial com 100% do INPC mais ganho real entre 0,5% e 1,5%, melhorias no plano de saúde — cuja alíquota pode subir até 38% — e a criação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que garanta mobilidade e crescimento profissional.
Também estão em pauta benefícios como vale-alimentação, cesta básica, cesta natalina e regras de coparticipação em procedimentos médicos. Os trabalhadores denunciam ainda que a empresa teria descumprido o acordo de não realizar demissões durante a campanha salarial, aumentando o clima de insegurança entre os empregados.
A paralisação em Bom Jesus da Lapa reforça o movimento estadual, que prevê novas rodadas de negociação até o dia 9 de dezembro. Segundo o Sinergia Bahia, a mobilização crescente dos trabalhadores é fundamental para pressionar a empresa a avançar nos pontos ainda sem consenso.
