Em meio a embate entre Bolsonaro e Doria, OMS diz que não pode obrigar vacinação no Brasil

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Margareth Harris, porta-voz da OMS (Imagem: Reprodução/YouTube)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira (20) que não tem o poder de obrigar a vacinação a nenhum país, segundo o colunista Jamil Chade, do portal UOL. A entidade, por outro lado, insistiu sobre os benefícios da imunização.

A declaração ocorre um dia depois que presidente Jair Bolsonaro insistiu que a vacinação contra a covid-19 não será obrigatória. “A vacina contra o Covid — como cabe ao Ministério da Saúde definir esta questão — ela não será obrigatória”, disse Bolsonaro.

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“O governo federal — repito e termino — não obrigará ninguém a tomar esta vacina”, afirmou o presidente. “Quem está propagando isso aí, com toda certeza é uma pessoa que pode estar pensando em tudo, menos na saúde ou na vida do próximo”, disse o presidente, numa referência indireta ao governador João Dória. Dias antes, ele havia indiciado que a vacina no estado seria obrigatória e que adotaria “medidas legais” em caso de recusa.

Questionada sobre a situação no Brasil, Margaret Harris, porta-voz da OMS, explicou que a imunização é um assunto que precisa ser “decidido dentro dos países”. “Não impomos exigências”, afirmou Harris, segundo Jamil Chade. Ela, porém, apontou como a OMS publicou guias sobre os benefícios da vacinação.

Em 2019, na mesma OMS, o Brasil se comprometeu em promover a vacinação. Em maio do ano passado, um grupo de elite da saúde mundial se aliava para anunciar uma campanha urgente: derrubar a desinformação sobre as vacinas e reverter uma tendência dos últimos anos de cobertura de imunização.