O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou novos dados na última sexta-feira (16) sobre a movimentação no aplicativo “Meu INSS”, após a identificação de descontos não autorizados feitos por entidades como sindicatos e associações. Desde o início da apuração, mais de 1,3 milhão de solicitações de reembolso foram registradas por beneficiários que afirmam não reconhecer os valores cobrados.
Segundo o balanço mais recente, foram exatamente 1.345.817 pedidos de devolução por parte dos usuários. Em contrapartida, 24.818 pessoas informaram ter ciência e aprovado os descontos realizados.
A procura por informações dentro do aplicativo também cresceu de forma expressiva nos últimos dias. Entre quarta-feira (14) e sexta-feira (16), os acessos dispararam. Na quarta, o sistema contabilizou 8,5 milhões de visitas, que saltaram para 23 milhões na quinta-feira. Até o fechamento do balanço, o número total de acessos ultrapassou a marca dos 35 milhões.
Ao todo, 41 entidades foram questionadas pelos beneficiários em relação aos débitos realizados em seus benefícios. A situação chamou a atenção das autoridades e, em coletiva de imprensa, o presidente do INSS, Gilberto Waller, comentou que ainda não há uma fonte definida para bancar os reembolsos. Segundo ele, o mais justo seria que os próprios responsáveis pelas cobranças indevidas arcassem com os custos.
A recomendação do INSS é que os segurados utilizem o aplicativo “Meu INSS” para verificar a existência de descontos não autorizados e, se necessário, façam a solicitação de reembolso diretamente pela plataforma.
