Sem alarde, popularidade dos game shows se mantém nas bets

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Enquanto o debate sobre apostas esportivas e cassinos avança, os game shows ganham espaço entre os brasileiros; Crazy Time lidera em relatório.

Foto: Pexels

O debate sobre o avanço das apostas no Brasil tem se mantido nos palpites esportivos e jogos de cassino mais populares no país. Mas enquanto possíveis novidades chamam atenção, como uma possível bet da Caixa, algumas categorias com público cativo entre os apostadores nacionais acabam passando batido.

Os game shows ao vivo são um bom exemplo deste fenômeno. Focado na diversão e na
interação do apresentador, esse tipo de jogo garantiu um espaço próprio dentro do segmento, atraindo apostadores que buscam experiências mais próximas dos programas de TV que servem de inspiração.

Segundo relatório recente de uma plataforma de apostas, os game shows representam 0,32% das rodadas totais e 26,8% da popularidade dentro do cassino ao vivo, atrás apenas da roleta, que mantém 43,5%. Dentro dessa categoria, o destaque é o Crazy Time, produzido pela Evolution Gaming e líder entre os game shows nos números do levantamento da KTO.

O Crazy Time atingiu popularidade de 1,1% entre todos os títulos disponíveis na plataforma e multiplicador máximo de 1250x no mês de setembro. O jogo combina o formato de roda da fortuna com bônus interativos e transmissões ao vivo, proporcionando uma experiência próxima à de programas de entretenimento televisivo.

O sucesso se deve ao formato que combina sorteio, interação com apresentadores e rodadas bônus que multiplicam ganhos em tempo real. Apesar da fatia modesta no volume geral, o desempenho do Crazy Time, e da categoria como um todo, indica um público frequente e reforça a diversificação do setor para além dos tradicionais slots e apostas esportivas.

Especialistas do setor apontam que o apelo visual e o elemento de interação ao vivo mantêm o interesse nos game shows no Brasil, especialmente entre quem busca entretenimento rápido e dinâmico. O público mais jovem, já familiarizado com transmissões digitais e streaming, contribui para o avanço desse formato no mercado regulado.

Apesar da popularidade dos cassinos online, autoridades e operadores reforçam o alerta sobre o jogo responsável. As casas licenciadas são obrigadas a exibir mensagens educativas e limitar apostas, lembrando que a prática deve ser tratada como entretenimento, e não como forma de renda.

Nessa direção, o Ministério da Fazenda publicou no início de outubro novas regras proibindo apostas de beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). As operadoras devem consultar o Sistema de Gestão de Apostas (SIGAP) antes do cadastro e no primeiro login diário, bloqueando automaticamente contas associadas a programas sociais. As contas existentes devem ser encerradas em até três dias após a verificação.

A medida atende a determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF), que buscam evitar o uso indevido de recursos públicos em atividades de apostas. Caso o beneficiário tente jogar, o sistema retorna a mensagem “Impedido – Programa Social”, impossibilitando qualquer operação até que o CPF seja removido da base de
dados.

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