
Será instalada na manhã desta terça-feira (4), no Senado Federal, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, criada para investigar o crescimento das facções criminosas e milícias em todo o país.
A primeira reunião será marcada pela eleição do presidente, vice e relator da comissão, dando início aos trabalhos após meses de espera — a CPI foi proposta em junho pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), mas ainda não havia sido efetivamente instaurada.
O colegiado surge em um momento de forte debate sobre a segurança pública, uma semana após a operação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que terminou com 121 mortos.
A CPI contará com 11 senadores, dos quais 10 já foram indicados pelas lideranças partidárias. O grupo terá 120 dias para apresentar conclusões e recomendações sobre o enfrentamento ao crime organizado.
Segundo o relator, o avanço das organizações criminosas está ligado ao “abandono do poder público” em áreas vulneráveis do país. Para subsidiar as investigações, serão destinados R$ 30 mil em recursos do Senado.
Com a instalação da CPI, o Congresso pretende aprofundar o debate sobre segurança pública e propor medidas efetivas de combate às facções e milícias, que têm ampliado seu poder em diferentes regiões do Brasil.






















