Em Serra do Ramalho, Projeto Amanhã da Codevasf ensina artesãs baianas a transformar escama de peixe em biojóias

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A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) realiza, até quinta-feira (17), o primeiro curso de beneficiamento de escamas, no município de Serra do Ramalho (BA). A capacitação foi ofertada pelo Projeto Amanhã, desenvolvido pela Codevasf, e acontece em parceria com a Associação de Palmas e Passos, sediada no município.

O curso está capacitando filhas e esposas de aquicultores na transformação da escama de peixe em produtos artesanais com o objetivo de aumento de renda familiar. Como possuem um valor agregado relacionada à sustentabilidade ambiental e reúso de subprodutos da pesca artesanal, o Projeto Amanhã identificou na atividade uma possibilidade estratégica de ampliação das oportunidades de trabalho na região de Serra do Ramalho.

A técnica da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Bom Jesus da Lapa (BA), Isabel Denis, explica que, por se tratar de um empreendimento coletivo e solidário, a capacitação irá incentivar não apenas a qualificação desse grupo de artesãs, como também irá disseminar essa metodologia para um maior número de pessoas que se interessarem pelo ofício.

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“A técnica de beneficiamento de resíduos pesqueiros surge como alternativa para reduzir o impacto negativo causado pelo depósito desse tipo de resíduo em lixões, aterros sanitários, margens de açudes e ambientes impróprios”, explica Isabel Denis.

Ela ainda destaca que o artesanato com subprodutos da pesca artesanal, neste caso a escama, fortalece a atividade e geram produtos de alto valor agregado ao se alinhar também a questão da produção com sustentabilidade ambiental.

“Os produtos criados são avaliados como sendo de alta qualidade e durabilidade. A comercialização contribui para a geração de renda e equidade das comunidades envolvidas, além de fortalecer a pesca artesanal. Durante o curso, as escamas serão tingidas com tingimento natural que é muito valorizado, pois é ecologicamente correto e possui um menor custo”, complementou Isabel.