O prefeito de Riacho de Santana, João Vítor Laranjeira (PSD), divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (16), após ser afastado temporariamente do cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da 7ª fase da Operação Overclean. A ação investiga um esquema de corrupção envolvendo desvio de recursos públicos, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Na nota, o gestor afirma que ainda não teve acesso ao conteúdo do inquérito e diz desconhecer os fatos que motivaram seu afastamento. Ele ressalta que, durante as diligências realizadas em sua residência e na sede da prefeitura, nenhum material — físico ou digital — foi apreendido que pudesse incriminá-lo.
João Vítor declarou também que confia nas instituições e informou que sua defesa já protocolou pedido para ter acesso integral aos autos do processo. Segundo ele, assim que obtiver vista do caso, vai requerer o retorno ao cargo e a retomada do exercício de seu mandato. O prefeito ainda garantiu estar à disposição da Polícia Federal e da Justiça para colaborar com as investigações.
A 7ª fase da Operação Overclean foi deflagrada nesta semana com cumprimento de mandados de busca, bloqueio e sequestro de bens em municípios da Bahia e também no estado do Rio de Janeiro. Laranjeira chegou a prestar depoimento na sede da Polícia Federal, em Salvador, mas não concedeu entrevistas após deixar o local.
Além do afastamento do prefeito de Riacho de Santana, a operação resultou na prisão de Gabriel de Parisio (MDB), prefeito de Wenceslau Guimarães, por posse ilegal de arma de fogo. A ofensiva ocorre dois dias após a 6ª fase da mesma operação atingir o deputado federal Dal Barreto (União Brasil), que teve seu celular apreendido no Aeroporto de Salvador.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.
