Após pressão popular, projeto de empréstimo de R$ 28 milhões em Carinhanha é retirado de pauta para ajustes técnicos

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Prédio da Casa da Agricultura, que atualmente abriga as sessões provisórias da Câmara Municipal – Foto: Alerta Bahia

A sessão extraordinária prevista para a manhã desta sexta-feira (14) na Câmara Municipal de Carinhanha, que analisaria o Projeto de Lei nº 22/2025, foi suspensa. O projeto, de autoria da prefeita Chica do PT, solicitava autorização para o município contratar um empréstimo de R$ 28.052.056,85 junto à Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia, destinado a obras de infraestrutura urbana e saneamento.

Minutos antes do início da sessão, a Prefeitura enviou um comunicado oficial à Câmara solicitando a retirada temporária do projeto da pauta, alegando a necessidade de anexar informações técnicas e complementares. O presidente da Câmara, Dr. Woshington Alves (PT), confirmou que a sessão foi suspensa até que os esclarecimentos fossem apresentados aos vereadores.

Se aprovado, o empréstimo permitirá a execução de obras que podem impactar diretamente a qualidade de vida da população, como:

  • Centro Administrativo Municipal: centralização de serviços públicos e otimização do atendimento à população;

  • Usina de Resíduos Sólidos: tratamento e reciclagem de resíduos, promovendo saúde pública e sustentabilidade;

  • Urbanização e construção dos cais de Barra do Parateca e Angico: melhoria da infraestrutura para transporte e atividades econômicas;

  • Investimentos em saneamento e infraestrutura urbana: melhoria da qualidade de vida e das condições sanitárias locais.

Apesar da relevância social, o projeto apresenta fragilidades e riscos que motivaram o adiamento:

  1. Dependência de receitas futuras: parte do empréstimo seria garantida com ICMS e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que expõe o município a risco caso haja queda na arrecadação.

  2. Informações técnicas incompletas: ausência de cronogramas detalhados, estimativas precisas de custos e planejamento das licitações.

  3. Risco de execução parcial ou atrasada: sem projetos executivos claros, há possibilidade de atrasos ou obras incompletas.

  4. Pressão popular e transparência limitada: moradores e lideranças cobraram esclarecimentos sobre a destinação dos recursos. No modelo apresentado inicialmente, o projeto correria risco de não ser aprovado devido à insatisfação da população e à falta de informações detalhadas.

O adiamento ocorreu após intensa discussão em redes sociais e grupos comunitários, onde a população cobrou maior clareza sobre a utilização dos recursos. A Prefeitura sinalizou que apresentará dados complementares, detalhando execução, cronograma e garantias, para subsidiar a tramitação do projeto na Câmara.

A nova data para a votação ainda não foi definida. A expectativa é que, com os ajustes e informações adicionais, o projeto possa avançar com maior segurança técnica e apoio da população.

 

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