Michel Temer vira réu pela 6ª vez, acusado por organização criminosa

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Informações do MetrópolesBrasília(DF), Presidente Michel Temer durante coletiva com a imprensa   Brasília(DF),02/08/2017 - Presidente Michel Temer durante coletiva - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), virou réu pela 6ª vez. Agora, o emedebista responde por organização criminosa e obstrução de Justiça. A decisão é do juiz Marcus Vinícius Reis Batos, da Justiça Federal em Brasília e atinge também os ex-ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, de Minas e Energia.

A ação penal contra o emedebista pelo crime de organização criminosa ficou conhecida, na sua época, como “Quadrilhão do MDB”. O emedebista é réu em outras cinco ações penais.

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A denúncia contra Temer foi apresentada em 2017, à época pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ex-presidente foi acusado de comandar uma organização criminosa e de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. No mês passado, a acusação foi ratificada pelo Ministério Público Federal em Brasília.

Na denúncia referente ao crime de embaraço, Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens ao doleiro Lúcio Funaro – que depois se tornou delator. O objetivo seria impedir que Funaro firmasse um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Ambas as acusações foram ratificadas à primeira instância pela força-tarefa Greenfield, da Procuradoria da República no Distrito Federal.

Prisão
Antes de se tornar réu pela sexta vez, o ex-presidente foi preso por inquéritos referentes a desmembramentos da Operação Lava Jato. Quatro dias após a ordem de prisão, o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), determinou a soltura do ex-presidente.

A operação que prendeu o ex-presidente se chama Descontaminação e cumpriu oito mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Paraná, além do DF. Parte da apuração se refere ao pagamento de propinas para a construção da usina Angra 3, no Rio de Janeiro.

Na mesma Operação Descontaminação, também foram presos o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e apontado pelas investigações da Lava Jato como intermediário dos pagamentos de propinas ao ex-presidente.