ONU aponta que mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia por causa da guerra

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Pessoas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia. Foto: Reprodução

O chefe de uma agência da ONU disse, nesta segunda-feira (28), que mais de 500 mil pessoas fugiram da Ucrânia para países vizinhos desde o início da invasão russa na semana passada.

Filippo Grandi, chefe da agência de refugiados da ONU, a ACNUR, fez as observações em seu Twitter enquanto o chefe da agência global disse que suas equipes estavam intensificando os esforços humanitários em meio à escalada de abusos de direitos.

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Delegações da Ucrânia e Rússia sentaram em uma mesa de negociação pela primeira vez desde o início da guerra, nesta segunda, na região da fronteira com Belarus.

De acordo com um comunicado, a delegação ucraniana inclui, entre outros, o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, conselheiro do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mykola Tochytskyi.

O presidente Volodymyr Zelensky não faz parte do grupo. O país exigiu um “cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas”, disse um comunicado da presidência ucraniana mais cedo.

Neste domingo (27), Zelensky recusou conversas com a Rússia em Belarus, afirmando que o país é cúmplice da invasão, mas deixou a porta aberta para negociações em outros locais. Em um acordo firmado mais tarde, os países optaram por se encontrar em uma região fronteiriça, perto do rio Pripyat, localizado ao norte do país ucraniano.

Alexander Lukashenko, presidente da Belarus, assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, sem atividades.

Na última sexta-feira, em mensagem de vídeo, o presidente da Ucrânia pediu novamente conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin. “Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Há combates em toda a Ucrânia agora. Vamos nos sentar à mesa de negociações para impedir a morte das pessoas”, disse Zelensky.

O que de mais importante aconteceu no final de semana

  • O prefeito da cidade de Berdyansk, na costa sul da Ucrânia, disse que as forças russas entraram e assumiram o controle da cidade;
  • A Ucrânia e a Rússia concordaram em realizar um encontro na segunda-feira (28) na fronteira com Belarus para discutir o conflito, segundo o presidente Volodymyr Zelensky;
  • O Conselho de Segurança da ONU aprovou a convocação de uma reunião emergencial da Assembleia-Geral da organização;
  • O Ministério de Relações Exteriores do Brasil anunciou que cerca de 100 brasileiros ainda estão na Ucrânia e 80 já saíram do país;
  • A Ucrânia resistiu e repeliu ataques da Rússia, em especial contra a capital Kiev, de acordo com o presidente do país;
  • EUA, União Europeia, Reino Unido, Canadá e Japão decidiram excluir a Rússia do Swift, um sistema global de pagamentos;
  • A União Europeia estabeleceu uma série de sanções contra a Rússia, como o fechamento do espaço aéreo para aeronaves do país;
  • Ao falar sobre a guerra na Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país opta pela “neutralidade”;
  • O chefe do diplomacia da UE, Josep Borrell, anunciou que o bloco fará novas sanções contra a Rússia na segunda-feira, com foco na elite do país;
  • A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi palco de uma nova investida russa, com a explosão de um gasoduto;
  • A Fifa proibiu a Rússia de usar hino, bandeira e sediar jogos;
  • Milhares de manifestantes se reuniram na Europa para protestar contra ataque russo à Ucrânia;
  • O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que o país destinará mais de 2% do PIB para defesa;
  • O governo ucraniano anunciou o fechamento de fronteiras com a Rússia e Belarus;
  • Países da Europa anunciaram o envio de reforços e armas para a Ucrânia em meio à invasão da Rússia;
  • Um prédio residencial em Kiev foi atingido por um míssil, em meio à investida russa contra a cidade;
  • A Casa Branca cobrou da China uma condenação à invasão da Ucrânia pela Rússia.