OMS inclui adoçante aspartame na lista de substâncias “possivelmente cancerígenas”

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A Organização Mundial da Saúde, (OMS), anunciou na noite desta quinta-feira (13), que o adoçante aspartame, principal adoçante de refrigerantes dietéticos, foi adicionado à lista que inclui substâncias “possivelmente cancerígenas” da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.

A publicação que também conta com o parecer da JECFA (Comitê Misto da FAO e OMS de Peritos em Aditivos Alimentares), concluiu que “não existe evidências convincentes de dados experimentais em animais ou humanos de que o aspartame tenha efeitos adversos após a ingestão”.

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A comissão da JECFA também apontou que não existe motivos para alterar a recomendação máxima diária, de 40 mg/kg. A FDA (agência americana reguladora de alimentos e medicamentos), apontou ainda que a ingestão máxima pode ser de 50mg/kg.

A classificação do adoçante na lista de possivelmente cancerígenas acontece dois meses depois que a OMS protocolou um aviso desaconselhando o uso dos adoçantes deste tipo como alternativa ao açúcar em dietas para controle do peso. O aviso alertava acerca dos efeitos colaterais dos compostos a longo prazo, que fazem parte da substância, a exemplo da diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, trombose e certos tipos de câncer em adultos.

A OMS declarou ainda que o aspartame foi considerado como possivelmente cancerígeno por conta da “limitadas evidências de câncer em humanos” e em experimentos com animais.

De acordo com o órgão do governo americano, uma pessoa que pese em média 60 kg teria que consumir mais de 75 pacotes de 8 g de aspartame para estar exposta ao risco do câncer.

O aspartame é um adoçante artificial formado por dois aminoácidos, o ácido aspártico e a fenilalanina. Fundado em 1965, ele seria mais doce que o açúcar e, por isso, é usado em pequenas quantidades, gerando um intenso dulçor. Além da possibilidade de câncer, o uso da substância também já foi associado até à ansiedade em algumas pesquisas científicas.

O adoçante está presente na maioria dos produtos classificados como zero açúcar ou dietéticos (diet). Refrigerantes, sucos prontos líquidos e em pó, chás industrializados, preparos prontos para café e cappuccino, iogurtes, gelatinas, pães, barras de cereal e chiclete são alguns desses produtos. Via Bahia Notícias