Governo concordou com recriação de ministérios, diz porta-voz

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O general, Otávio Santana do Rêgo Barros, porta-voz do presidente, Jair Bolsonaro, fala com jornalistas no Palácio do planalto
O general, Otávio Santana do Rêgo Barros, porta-voz do presidente, Jair Bolsonaro, fala com jornalistas no Palácio do planalto

O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro já considerava a possibilidade de desmembrar o Ministério do Desenvolvimento Regional e, por isso, não se opôs à decisão do Congresso de recriar os Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

“O presidente, juntamente com presidentes do Congresso, identificou a possibilidade de melhorar a estruturação do governo com separação de ministérios … para fortalecer ações do governo e dar mais eficiência à máquina pública. A possibilidade do desmembramento de pastas já estava no espectro do presidente”, disse Rêgo Barros.

O porta-voz ressaltou ainda que, se o Congresso aprovar a autonomia do Banco Central, ele deixará de ter status de ministério, e o governo manterá sua estrutura com 22 pastas, igual ao número originalmente desenhado por Bolsonaro.

O presidente se reuniu na manhã de hoje com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e com o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Ele é o relator da Medida Provisória 870, que altera a estrutura administrativa do Executivo federal.

No encontro, os parlamentares discutiram o desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Regional com a consequente recriação dos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

O senador fez 18 alterações no texto da MP para atender a demandas de parlamentares. O relatório foi lido nesta terça-feira, 7, em comissão mista formada por deputados e senadores. O governo quer votar o texto amanhã no colegiado. Líderes do Centrão, no entanto, prometeram obstruir a sessão pedindo que sejam contadas 48 horas desde a leitura do parecer para analisar a medida. A possibilidade de obstrução foi citada pelo líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). O relator, por sua vez, disse que “divergências” são normais e que vai trabalhar para apresentar argumentos aos membros da comissão e votar a proposta na quarta.