Lava Jato: operação mira empresa suspeita de integrar cartel para fraudar Petrobras

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Divulgação

Policiais Federais cumprem 23 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Os mandados foram expedidos pela 13ª. Vara Federal de Curitiba  e objetivam a apuração de crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais. Estão sendo empregados 100 Policiais Federais na execução da operação. São cumpridos mandados em Matinhos (PR), Rio de Janeiro (RJ), Petrópolis (RJ), Angra dos Reis (RJ), São Paulo  (SP), Campinas (SP) e Barueri (SP)

Uma das empresas alvo de mandado de busca e apreensão integrava desde o início o cartel de nove empreiteiras batizado de “o clube”, que tinha por objetivo vencer e adjudicar as licitações para todas as grandes obras da Petrobras. A partir de 2006 o “clube” aceitou o ingresso de outras companhias e chegou a ser composto por 16 grupos empresariais.

A fim de dar aparência de licitude ao pagamento de propinas, o grupo empresarial investigado repassava valores via empresas offshore a ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, mediante a celebração de contratos fraudulentos de assessoria/consultoria. Um dos ex-diretores da estatal recebeu, entre 2008 e 2013, 9,4 milhões de dólares, percebendo parcelas de propina mesmo depois de ter deixado o quadro da empresa em 2012.

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Há suspeita de que propinas pagas em obras pela empresa envolvida nessa fase seria de 2% do valor de cada contrato, o que pode ter gerado o pagamento de R$ 60 milhões em propina.

O nome da operação remete aos valores de pagamento das propinas e ao fato de que a empresa envolvida na investigação pertence a um grupo ítalo-argentino.

Foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados no valor aproximado de R$ 1.700.000.000,00 (um bilhão e setecentos milhões de reais).