Mesmo após acordo, caminhoneiros se mobilizam pelo 5º dia na BR-349 em Santa Maria da Vitória

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Samavi greve

O acordo fechado entre governo e sindicatos na noite desta quinta-feira(24) não teve efeitos práticos sobre a greve dos caminhoneiros, que entrou hoje  no seu quinto dia seguido. Apesar da trégua de 15 dias acordada pelos representantes dos motoristas, há registros de bloqueio em várias várias rodovias baianas.

Após uma longa reunião em Brasília na noite de ontem, um grupo de ministro apresentou as propostas para suspender por 15 dias a greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira 21 e que provoca desabastecimento de combustíveis em Bom Jesus da Lapa e todos os município da região.

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No entanto, o fim da greve já era dúvida. Quem não aderiu à proposta foi justamente a maior e mais ativa das entidades, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), que reúne 700 mil trabalhadores do setor.

Na região oeste da Bahia, em vários pontos acontecem paralisação, nos municípios de Correntina, Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães e Santa Maria Vitória,  trecho da  BR – 349, saída para Correntina, que continua o bloqueio pelo quinto dia seguido. Ficando cada vez mais séria a situação da população.

De acordo Paulo Mclarem, que acompanha a paralisação dos caminhoneiros em Santa Maria da Vitória, o ato segue “determinados, sem previsão de arredarmos o pé aqui da BR 349”, disse.

Ele disse ainda, que alguns meios de comunicação do país falaram que os caminhoneiros vão parar a paralisação. “Isso não procede aqui na BR 349, na verdade nós seguimos aqui paralisados. Passando apenas ônibus, carros pequenos e cargas vivas, nada mais passa pela paralisação aqui”, finalizou.

O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, reiterou ontem que só vai interromper o movimento de protestos da categoria depois de o governo federal sancionar a lei que zera o PIS/Cofins sobre o óleo diesel. A votação no Senado era esperada para ontem, o que não aconteceu. Só depois de aprovado o texto segue para a sanção. Essa redução de impostos pode tirar até 14% do preço do combustível na bomba nos postos de abastecimento.

Os efeitos na vida da população se somam. Além dos contratempos na locomoção decorrentes dos bloqueios em estradas, a crise dos combustíveis provoca desabastecimento, falta de gasolina em postos, cancelamento de voos em aeroportos e alta de preços de produtos diversos.