Câmara de Vereadores de Bom Jesus da Lapa cobra justiça pelo assassinato de trabalhador no Projeto Formoso

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A morte do trabalhador de 51 anos, identificado como José Pinheiro dos Santos,    registrada no úlitmo  sábado(15),  no Setor 04 do Projeto Formoso, zona rural do município de Bom Jesus da Lapa  foi tema de destaque na sessão de abertura dos trabalhos do segundo semestre 2020 da Câmara de Vereadores da cidade. A vítima foi  assassinada enquanto  trabalhava  na colheita de bananas, e um policial militar é o principal suspeito pelo crime.

No uso da fala o presidente da Casa, Miguel Leles (PSD), se solidarizou com os familiares da vítima, chamando  a atenção de todos para o fato, e cobrou da Justiça resposta imediata para o crime. “Quero aqui me solidarizar com a família do trabalhador do Projeto Formoso, que foi brutalmente assassinado. Foi tirada a sua vida de uma forma covarde”, disse.

O presidente disse que medidas já estão sendo tomadas, e que  a vida do trabalhador não volta mais, mas a justiça precisa ser feita. “Que a justiça seja feita, é o mínimo que as autoridades policiais e até mesmo o Judiciário podem tomar. Acredito muito no comando do Comandante Luís Augusto Normanha, Comandante da 38ª CIPM de Bom Jesus da Lapa, que ele possa tomar as providências com a Polícia Civil”.

A Vereadora Rita Ribeiro, classificou o crime como um “ato covarde”, destacando que José Pinheiro era um trabalhador, pai de família, honrado e decente, “foi assassinado covardemente por um policial”, disse.

A parlamentar frisou, que o papel da polícia é zelar pela proteção do cidadão, e que o inverso foi registrado no Projeto Formoso, no entanto o fato não pode ser atribuído a Polícia Militar. “Eu não quero atribuir esse fato a Polícia Militar, porque eu tenho enorme respeito e acredito. Foi um fato isolado de um cidadão que já vinha surtando. Foi o fato que nós escutamos no Projeto Formoso – ele já desceu do carro surtado, atirando, sem respeitar a dignidade de pessoas, principalmente a dignidade de um trabalhador que estava atrás do sustento da sua família”, lamentou.

Ela destacou ainda, que a “Câmara precisa se manifestar, para que justiça seja feita, e que o Ministério Público ofereça denúncia, e o juiz possa pedir a prisão preventiva desse policial”, e frisou: “O povo do Projeto Formoso está numa situação de indignação, num sofrimento […] trabalhadores, homens, mulheres e crianças ficaram revoltados no Projeto Formoso”.

A vereadora finalizou, afirmando que muita gente questionou porque as pessoas incendiaram o Posto Policial da localidade,  e que ela não defende esse tipo de ação contra o patrimônio público. No entanto, foi uma forma dos moradores mostrarem sua indignação, para cobrar das autoridades que olhem para o Projeto Formoso, e dizer que nenhum pai de família pode mais passar por isso. E na oportunidade ela convidou os parlamentares para participar de um ato pacifico, que será realizado pelos moradores, para cobrar justiça.

Já o Vereador Romeu Thessing(DEM), também se solidarizou com os familiares,  e lamentou o fato, e lembrou, que existem pessoas boas e ruins em todas as instituições, e que admira o trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil, por isso o caso não pode ser generalizado. E exemplificou: “se o vereador Romeu cometeu um delito, os vereadores dessa Casa não podem ser julgados pelo conjunto da coisa”.

Thessing destacou que a situação é grave, e precisa de uma resposta da justiça, e que o Estado está ausente no Projeto Formoso, que deveria ter uma estrutura completa de segurança pública, já que o pessoal do Projeto Formoso tá inseguro.  Ele disse que se não fosse a prefeitura, nem o posto policial e manutenção do espaço existia, e que o governo só promete e não cumpre.