Calor na Antártica aumenta temor sobre mudanças climáticas

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Degelo mais acelerado está ocorrendo na Antártica Foto: Reprodução

Nos últimos dias, a Antártica apresentou temperaturas recordes, com máxima histórica de 20,75°C na ilha Seymour. O registro elevou a preocupação sobre mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.

Diversos estudos têm revelado os impactos dessas variações na região. Um deles, publicado ano passado na revista científica Pnas (Proceedings of the National Academy of Sciences), mostrou que está ocorrendo degelo mais acelerado na Antártica, a uma velocidade seis vezes superior à registrada há 40 anos.

Entre 1979 e 2017, houve uma elevação de 1,4 centímetro no nível dos mares. É a avaliação mais longa da história sobre as massas de gelo da Antártica, que envolveu análises de 18 regiões geográficas do continente.

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Também no ano passado, um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima) apontou que, além do aquecimento e do aumento dos dois oceanos polares (Ártico e Austral), eles estão se tornando mais ácidos nas camadas superficiais.

Segundo Jefferson Cardia Simões, vice-presidente do Comitê Científico Internacional Sobre Pesquisas Antárticas, a extensão do gelo marinho no Ártico muito provavelmente continuará diminuindo em todos os meses do ano. “Desde o início das observações por satélites, as menores extensões de mar congelado ártico ocorreram em 2012 e em setembro de 2019. Isso provavelmente não tem precedentes, pelo menos nos últimos 1.000 anos”, disse.

O derretimento das calotas polares promove a elevação do nível dos mares, que põe em risco o futuro de zonas costeiras. As mudanças também impactam o clima. É da região que se originam as frentes frias que atingem o Brasil no outono e no inverno.