Adolescente autor de atentado a escola de Barreira segue hospitalizado

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Via A Tarde

Reprodução

O adolescente de 14 anos, que abriu fogo na Escola Municipal Eurides Sant’Anna, em Barreiras, no Extremo Oeste da Bahia, segue hospitalizado em estado grave e sob custódia no Hospital do Oeste, após ter sido baleado quatro vezes. O caso aconteceu há exatamente um mês e resultou na morte de uma aluna cadeirante.

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De acordo com informações da Polícia Civil, a 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras) concluiu o procedimento investigativo e o auto de apreensão em flagrante do adolescente infrator (AAFAI) foi remetido à Justiça no dia 27 de setembro.

Como a polícia nega a autoria dos disparos contra o adolescente responsável pelo atentado, um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias em que ele foi alvejado. Além disso, também é investigada a suposta participação de terceiros no ataque.

No ataque, o adolescente, identificado pelo prenome Isaque, matou uma aluna cadeirante, identificada como Geane da Silva Brito, de 19 anos. As aulas na escola, que é gerida em parceria entre a Polícia Militar da Bahia e Prefeitura de Barreiras, foram retomadas oito dias após o caso.

O caso

O ataque aconteceu na manhã do dia 26 de setembro, quando o atirador chegou ao local “trajando roupa preta, capuz e óculos escuros, portando uma arma de fogo tipo revólver e duas armas brancas. Ele teria pulado o muro da escola para, então, dirigir-se à aluna cadeirante e fazer dois disparos. A jovem foi também agredida com golpes de arma branca e morreu ainda no local.

Na tentativa de fuga, o autor dos disparos foi atingido por um tiro que partiu de uma outra pessoa, ainda não identificada, o que foi de encontro com a informação preliminar de que ele teria sido alvejado durante um confronto com a polícia.

O atirador foi socorrido e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Segundo os relatos dos familiares, o jovem apresentava um comportamento introspectivo, sem amigos e passava muito tempo nas redes sociais. Os responsáveis não tinham controle sobre o conteúdo que ele acessava. Ainda de acordo com a polícia, o jovem teria postado o plano de massacre na unidade em um perfil extremista na internet.

Com o jovem, foram apreendidos um revólver calibre 38, duas armas brancas e uma suposta bomba caseira. A arma utilizada pelo adolescente pertencia a seu pai, estava carregada com seis balas e falhou duas vezes.

A suspeita é de que ele tenha escrito um manifesto de 29 páginas e publicado no perfil em questão, que está sendo investigado pela Polícia Civil. Nas publicações, o estudante demonstrava desprezo e ódio à escola, onde passou a estudar após a mudança para a cidade. O jovem ainda teria feito uma publicação algumas horas antes do ataque na escola.