Multas aplicadas pelo Ibama contra candidatos que disputam as eleições deste ano totalizam R$ 78 milhões

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No total, esses candidatos receberam 392 multas por crimes ambientais Foto: Vinícius Mendonça/Ibama

Um grupo formado por 212 candidatos que disputam diversos cargos nas eleições deste ano já foi multado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em cerca de R$ 78,7 milhões. A maior parte dos crimes ambientais foram contra a flora, seguidos da ausência de controle ambiental e pesca ilegal.

No total, foram aplicadas 392 multas. Na lista dos políticos multados, constam candidatos a deputado federal e estadual, senador e governador. Os postulantes a deputado federal somam os maiores valores em multas (R$ 37 milhões), seguidos por aqueles que disputam vagas nas Assembleias Legislativas (R$ 35,3 milhões). Os candidatos a governador registram 12 infrações, com valores que somam R$ 2,8 milhões.

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Entre os candidatos com multas que totalizam os maiores valores, está o médico Clesio Antonio Sousa, que concorre a deputado federal pelo PROS do Mato Grosso. Sousa recebeu duas multas que somam R$ 15,5 milhões. As infrações, segundo o Ibama, ocorreram em Belém (PA), em 2016.

Em segundo lugar na lista dos candidatos com multas com as maiores somas, vem o também candidato a deputado federal pelo PSC de Rondônia Robsão Demonthi, cujas infrações somam R$ 7,5 milhões. O candidato registra três multas aplicadas entre 2019 e 2021, em Colniza, em Mato Grosso.

Ainda consta na lista o senador Ivo Cassol, que concorre ao governo de Rondônia pelo PP, além de Helder Barbalho (MDB), candidato à reeleição pelo governo do Pará. Cassol tem quatro multas que somam R$ 1,6 milhão, enquanto Barbalho registra uma infração de R$ 500 mil, que se encontra, segundo o Ibama, em “notificação para alegações finais”.

Cerca de 30% das 392 infrações aplicadas pelo Ibama estão concentradas em três Estados: Mato Grosso (16,5%), Rondônia (8,4%) e Roraima (7,3%). As informações foram divulgadas pelo site G1, que cruzou informações do Ibama com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).