Em balanço de 100 dias de governo, Lula fala em “olhar para o futuro”, mas diz ver “gente que não gosta de democracia” impregnada no governo

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Presidente discursou em reunião ministerial para marcar os 100 dias de governo e disse que exigirá carteira de vacinação para acesso ao Planalto
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (10), ao abrir uma reunião com ministros para marcar os primeiros 100 dias de mandato, que o Brasil “voltou a olhar para o futuro” e investir em infraestrutura para impulsionar o desenvolvimento.

“O Brasil voltou a olhar para o futuro. Olhar para o futuro significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar, eólica, entre outras iniciativas que irão colocar outra vez o Brasil no rumo do desenvolvimento. Mas significa, antes de tudo, olhar para as pessoas”, disse.

“Não se constrói um País verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero. Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população”, prosseguiu Lula.

Lula ressalvou, no entanto, que ainda vê “gente que não gosta de democracia impregnada” no governo. E anunciou que, ao retornar da viagem oficial à China, passará a exigir carteira de vacinação para acesso de funcionários e autoridades ao Palácio do Planalto.

“As pessoas se preparem porque nós vamos voltar a tratar o povo com muito respeito e assim vale para todas as áreas. Vale para todas as áreas. Nós ainda temos muita gente que não gosta de democracia impregnada aqui”.

O governo federal lançou uma campanha publicitária para marcar os 100 dias do mandato, baseada na frase “o Brasil voltou”. No discurso desta segunda, aberto à imprensa e transmitido pelas redes oficiais do governo, Lula usou a expressão diversas vezes.

“O Brasil voltou para cuidar, sobretudo, dos brasileiros e brasileiras que mais precisam e que nos últimos anos foram a principal vítima da ausência de governo neste país. O Brasil voltou para conciliar crescimento econômico com inclusão social, para reconstruir e seguir adiante. O Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome”, enumerou o presidente.

“Nós ainda temos 1.360 dias para seguir reconstruindo esse país. Significa que temos chances e mais chances e mais chances. Cada erro que a gente cometer, a gente vai ter sempre cem dias para recuperar e fazer as coisas certas”, disse.