Decisão do Supremo libera acordo individual para corte de salário e jornada de trabalho

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“Essa decisão traz segurança jurídica à matéria e garante os direitos do trabalhador, o emprego e a sobrevivência de milhares de empresas”, afirmou a AGU Foto: Gabriel Jabur/Ministério do Trabalho

A AGU (Advocacia-Geral da União) afirmou nesta segunda-feira (13) que uma nova decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski esclarece que acordos individuais de empresas para cortar salários e jornadas de trabalhadores têm efeito imediato, independentemente de posterior manifestação sindical.

No dia 6 deste mês, o magistrado havia decidido que os sindicatos deveriam ser comunicados do acordo e poderiam iniciar negociação coletiva caso preferissem. Agora, ele afirmou que “para afastar quaisquer dúvidas, e sem que tal implique em modificação da decisão embargada, são válidos e legítimos os acordos individuais celebrados na forma da MP 936/2020”.

O texto original da MP (medida provisória) previa a comunicação do acordo para a respectiva entidade de classe em dez dias, mas não dava poder para a tratativa ser barrada ou alterada. Lewandowski decidiu, na semana passada, que os sindicatos poderiam deflagrar negociação coletiva, mas não deixava claro os efeitos do acordo individual.

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“Esta decisão traz segurança jurídica à matéria e garante o direito do trabalhador, o emprego e a sobrevivência de milhares de empresas”, celebrou o advogado-geral da União, André Mendonça. “Vitória do País! Garantida mais essa importante política pública de governo”, acrescentou.

Segundo a AGU, a medida provisória tem o objetivo de preservar os empregos e reduzir o impacto social e econômico da paralisação de atividades em todo o País por causa da pandemia de coronavírus.