Pressão contra o isolamento social é um ato “quase criminoso”, diz o presidente da Câmara dos Deputados

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Maia defende que a flexibilização do isolamento deve ser baseada em decisão técnica Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que entende a preocupação com a retomada das atividades econômicas no País, mas que a pressão para o fim do isolamento social com esse objetivo neste momento é um ato “quase criminoso”.

Segundo ele, a flexibilização do isolamento não deve ser adotada em razão do aumento do desemprego, mas baseada em decisão técnica. Maia afirmou que salvar vidas “vai estar sempre em primeiro lugar”.

“O que a gente não pode é o setor produtivo muitas vezes – claro, eu entendo a preocupação – acabar gerando uma pressão que vai gerar um aumento maior do número de mortes no Brasil. Isso não é correto, é quase criminoso”, declarou na noite de quinta-feira (07), em entrevista à GloboNews.

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Maia foi questionado sobre que tipo de atitude espera dos governantes em relação às medidas de isolamento social – se atitudes mais rigorosas ou flexibilização.

“Eu prefiro aquele [governante] que tome a decisão de forma racional e que não aceite pressões de nenhum setor. Então, uma decisão de flexibilização que não estiver relacionada à pressão de algum setor da economia, mas uma decisão técnica-científica”, afirmou.